Na sequência de uma operação de combate à corrupção realizada pela Polícia Civil, que visou esclarecer supostas irregularidades dentro da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (partido Republicanos) enfrentou questionamentos sobre possíveis repercussões políticas. Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã de quinta-feira (21/3), Cruz abordou a situação com confiança, defendendo seus secretários sob investigação e minimizando a possibilidade de um processo de impeachment contra sua administração.
Com um tom de segurança, Cruz enfatizou que os efeitos políticos da investigação são temporários e parte da dinâmica política. “Os desafios políticos são passageiros. Estamos vivenciando um período que afeta várias pessoas, incluindo membros do primeiro escalão e funcionários da Prefeitura. Contudo, essas são as dinâmicas do cenário político, que está sempre em fluxo”, declarou em resposta a um questionamento do Mais Goiás.
O prefeito expressou uma atitude tranquila em relação ao inquérito, reiterando que sua gestão está lidando com a situação com abertura e respeito. “Encaramos essa investigação com serenidade, transparência e o devido respeito, características que reconhecemos e valorizamos no trabalho policial, como já observado em outras ocasiões, inclusive na própria Prefeitura de Goiânia”, destacou.
Ele também rejeitou preocupações sobre possíveis pedidos de impeachment, enfatizando a necessidade de justificativas concretas para tais ações. “Em relação ao impeachment, é necessário haver motivos justificáveis, e até agora, esses motivos não surgiram”, frisou Cruz.
Em defesa dos secretários investigados, o prefeito mostrou firmeza, particularmente em relação a Denes Pereira, à frente da Secretaria de Infraestrutura, e Luan Alves, presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA). Ele mencionou o esclarecimento das acusações contra eles, incluindo a justificação da origem das armas encontradas na residência de Luan e a presença de R$ 50 mil em espécie, declarados no imposto de renda de Luan, destacando a cooperação de ambos na investigação.
Contudo, Cruz adotou uma postura mais cautelosa ao falar sobre Alisson Borges, ex-presidente da Comurg, que renunciou após a operação. Cruz apontou que Borges ainda precisa esclarecer determinadas questões à Polícia Civil, reforçando a disponibilidade da sua administração para colaborar com as investigações.
Essa abordagem reflete o compromisso do prefeito em manter a integridade da administração municipal, ao mesmo tempo que destaca a transparência e a cooperação contínua com as autoridades policiais na resolução das investigações em curso.